Comunicação política e juventude: como dialogar com a nova geração

Paulo Bomfim • 5 de setembro de 2025

"A nova geração não rejeita a política, mas a forma como ela é feita. Descubra como líderes podem dialogar com os jovens de forma autêntica e construtiva, conquistando não só votos, mas aliados."

Juventude: desinteressada ou exigente?

Muitos repetem que jovem não liga para política. Isso não é verdade. O que a nova geração rejeita não é o debate político em si, mas o jeito antigo de fazer política: promessas vagas, discursos prontos e falta de coerência. O jovem é crítico, impaciente com enrolação e não aceita ser tratado como massa de manobra. Isso não é um obstáculo, é oportunidade. A juventude pode elevar o nível da política — desde que seja levada a sério.

Comunicação clara e direta

Vivemos no tempo real. Stories de 15 segundos, vídeos de um minuto, mensagens instantâneas. Nesse contexto, uma fala política de dez minutos para dizer o que caberia em 40 segundos simplesmente não chega. Mas ser objetivo não é ser superficial. A juventude valoriza quem vai direto ao ponto, sem enrolação, mas que também consegue oferecer profundidade quando o assunto exige.

Mais valores, menos slogans

Slogans sozinhos não conquistam a nova geração. Eles querem ver prática, não apenas palavras bonitas. Se um líder fala em sustentabilidade, mas age de forma predatória, perde credibilidade. Se defende igualdade, mas vive cercado de privilégios, não convence. A juventude não busca perfeição, mas coerência. Quer ser inspirada por atitudes, não seduzida por marketing vazio.

O peso da autenticidade

O maior valor para o jovem é a verdade. Ele tolera erros, mas não tolera mentira. Aceita mudanças de opinião, desde que acompanhadas de honestidade. Isso significa que a comunicação política não precisa parecer perfeita ou ensaiada demais — precisa ser humana, real e transparente. A juventude valoriza quem se mostra de verdade, sem máscaras.

Dialogar com a juventude não é questão de moda, mas de sobrevivência para qualquer projeto político. Essa geração não quer apenas votar, quer participar, influenciar e ser parte do processo de transformação.


Se você atua na política, pergunte-se: como estou criando espaços reais para ouvir e dialogar com os jovens? A resposta a essa pergunta pode definir o futuro da sua liderança.

Paulo Ricardo Bomfim
Consultor Político e Estrategista Eleitoral

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