Cinco erros de comunicação que custam caro em uma eleição
Evite armadilhas que derrubam campanhas políticas. Descubra os cinco erros de comunicação mais comuns em eleições e como corrigi-los antes que seja tarde.
1. Achar que comunicação é só propaganda
Muitos candidatos ainda confundem comunicação com marketing de campanha. Acham que basta ter bons jingles, peças bonitas e redes sociais ativas. O problema é que
propaganda sem narrativa não convence. Comunicação política é mais do que “aparecer”: é construir história, sentido e identidade. Quem ignora isso, gasta muito e conquista pouco.
2. Falar para todo mundo e não atingir ninguém
Outro erro fatal é tentar agradar a todos. Campanhas sem foco acabam diluídas, sem força, sem autenticidade. O eleitor percebe quando o candidato fala o que cada grupo quer ouvir. Resultado?
Perda de credibilidade. Comunicação eficiente exige clareza de público-alvo e consistência no discurso.
3. Ignorar o poder das crises
Toda eleição tem ataques, boatos e narrativas negativas. Muitos candidatos subestimam isso, acreditando que “vai passar”. Mas a experiência mostra que
quem não reage, perde. Uma crise ignorada pode crescer até se tornar irreversível. Comunicação eleitoral não é só contar conquistas — é também blindar, responder e reconquistar confiança.
4. Usar linguagem complicada
Políticos que falam difícil acreditam que passam autoridade. Na prática, afastam o eleitor. Frases longas, termos técnicos e discursos burocráticos não emocionam ninguém. Em uma eleição,
clareza é poder. Quem fala simples, fala para todos.
5. Não ser coerente entre discurso e prática
Esse talvez seja o erro mais caro de todos. O eleitor pode perdoar falhas, mas não perdoa incoerência. Se a prática não confirma o discurso, a confiança se perde — e confiança perdida em campanha é quase impossível de recuperar. Na política,
o que derruba não é o adversário, é a falta de verdade.
Uma campanha eleitoral não é vencida apenas com dinheiro, estrutura ou tempo de TV. Ela é vencida com
comunicação estratégica, feita de narrativa, clareza, preparo para crises, simplicidade e, acima de tudo, coerência.
Se você é candidato ou trabalha em campanha, pergunte-se: qual desses erros eu corro o risco de cometer? Corrigi-los hoje pode ser o que fará a diferença na sua vitória amanhã.
Paulo Ricardo Bomfim
Consultor Político e Estrategista Eleitoral
Compartilhar: